Domingo

Ainda não me habituei ao facto de Domingo ser um o primeiro dia trabalho da semana e Sábado é quando ponho a tocar a musica dos Velvet Underground.

Here comes the sun

    Dead Sea Setembro 2013 ® Mr Albert.

contrariedades quotidianas

Num país onde o preço das coisas é bastante elevado, porque além da falta de espaço no país, tudo tem de crescer segundo regras kosher (o que eu agradeço) e ser abençoado pelo Rabin (que leva uma pipa de massa pelo serviço),  ter o supermercado mais caro ao virar da esquina torna-se um ro(u)mbo no orçamento.

Yom kippur

É o dia mais silencioso do ano. vinte-cinco-horas-mais-silenciosas-do-ano em qualquer cidade judaica do médio oriente. é o shabbat dos shabbats. Como qualquer dia feriado ou shabbat começa no dia anterior ao pôr-do-sol. É um dia religioso, o mais importante do judaísmo. Os judeus religiosos redimem-se e jejuam. Os não religiosos orgulham-se e dizem que não há dia igual noutra parte do mundo. A cidade ganha a tranquilidade de uma aldeia,  as lojas estão fechadas e as ruas também. Não há carros ou transportes. Sim também não há aviões e o aeroporto não recebe vôos. A cidade é dos seus inquilinos. Dá para bicicletar ou patinar pela ruas, que em dias normais são quase impossíveis de cruzar. Eu juntei-me à celebração dos judeus não religiosos mas orgulhosos..palmilhei ruas, visitei bairros que ainda não conhecia, podia andar na estrada sem ter que subir passeios, desviar-me de arvores, pessoas ou carrinhos de criança, o sentimento era de "quem manda aqui sou eu"!

Em parâmetros científicos é o dia em que Tel Aviv tem quase zero emissões de dioxido de carbono e não há poluição sonora!

Claro que isto só dura  25 horas depois volta tudo ao caos de uma cidade do médio oriente.

Yafo

Rosh hashanha

Cheguei em bom momento. Nada como começar as coisas pelo inicio, pelo ano novo, o Rosh hashanha. Tive a oportunidade de jantar entre locais e celebrar com eles a entrada do novo ano judaico.   Mais que tudo foi uma celebração cultural. Ora então passo a explicar: Antes do menu principal há uma serie de mini iguarias providas de misticidade para abençoar o novo ano. Primeiro começa-se com  as maçãs molhadas em mel, que simbolizam o desejo de um ano novo redondo e doce. Segue a romã, para ter méritos abundantes. Por mim e por todos os portugueses que vêm nos livros de história e descobriram caminhos marítimos para aqui e para acolá, confesso que enchi o meu prato com sementes de romã, não vão os méritos depender da quantidade que se come. As iguarias seguintes são  as tâmaras e as rodelas de alho francês, servem para terminar e afastar os inimigos. Não tenho muitos mas comi não vá andar iludida. Depois vem a beterraba, símbolo dos obstáculos e adversários que  têm que ser removidos do caminho antes do doce novo ano começar. Segue o feijao frade "black eye peas" que está relacionado com abundância. Os pulmões de vaca (e agradeci o pão na mesa) para dar um ar fresco ao novo ano e por último os miolos de cordeiro. Nesta parte fui assolada pelo fenómeno do piripaqui. Primeiro cordeiro não consigo quase nem cheirar e depois miolos!! miolos!!! eram conceitos que separados não podiam caber no meu prato, quanto mais juntos!!...mas assim que ouvi a intenção que tocava à dita iguaria, "o desejo de ver todos os teus planos do ano concretizados e que tu sejas a cabeça dos teus planos e não a sua cauda", fiz-me de forte, agradeci uma vez mais o pão na mesa, comi e para meu espanto até nem estava mau. A textura era muito peculiar, confesso! mas em nada sabia a cordeiro graças à quantidade de especiarias. 

Todo o ritual foi acompanhado de vinho e a comida que se seguiu foi divinal:)

Juro depois desta noite, não sei que responder quanto à intenção de comer 12 passas e beber Champagne na passagem-do-ano! Vou inventar...

"Shanah Tovah"

we like it round and sweet

Música em Janeiro - MEU LUGAR

Olha o Spread It!

Engano-me ou esta criatura acabou de apresenter um dildo a Cavaco Silva como exemplo de empreendedorismo.

Azias pela manhã

a conversa no laboratório (para além do guardiola ser o novo treinador do bayern) era que finalmente tinham descoberto uma estação de rádio "mol bona". Para meu espanto a tal estação resumia-se a uma playlist the música tipo latina, rumbas e chachadas pop intercalada com música catalana. Sofri de azia a manhã toda porque tive que gramar com a bela escolha musical.

Small love story

that made me smile.

Vicios

Andei viciadinha em

 para além do enredo e do papel fabuloso de Meggie Smith, achava piada ao british accent. Ontem acabei de ver o especial de Natal de 2012...e poramordedeus isto em termos de tragédias vai de mal a muito pior...Cada vez que nasce uma criança na história morre alguém!?!? atão!?!

2012

foi o ano em que

- conheci António Lobo Antunes
- voltei a ocupações antigas
- pela primeira vez mudar de país custou para caramba
- conheci nacionalistas exacerbados
- voltei à investigação
- soube-me bem ter amigos por perto
- dei-me conta que estava a envelhecer.

2013 vamos ver...

Estar de volta

Peço à minha avó para montar os pontos e começar a fazer as duas primeiras linhas de um cachecol. depois lá sigo eu e os pontos (a direito ou a torto, nunca entendi muito bem o sentido) saem-me meio toscos, espaçados ou muito encavalitados. Eu já sabia, ao lado dela nem sei fazer nada mas também não quero. Dos seus respeitosos 80 e muitos anos, divirto-me a vê-la a fazer lã quase quase de olhos fechados. Sabe de cor os passos e as voltas do fio de lã e da agulha.
Foi assim a minha volta.
Bom Natal!

Outubro

em Porta West Falia com Marc & Maxi

Como é que ela sabe

No outro a passear pelo centro, houve uma cigana (nada em contra com a etnia) que queria ler-me a sina. Saiu-me um NÃO em jeito de havia de ser bonito. Olhou para mim e por momentos pensei que ia ali, no meio daquela rua a bela senhora proferir algum agoiro...antes disse-me organize a sua vida. Fiquei a olhar para ela enquanto a via seguir pela rua. Como é que esta mulher sabe? Será que tenho um sinal de desorganização estampado na cara? Sei que estou longe de ser uma pessoa organizada. há sempre um canto ao meu redor onde o caos se instala. E acima de tudo, a verdade verdadinha é que já não sei viver de outra maneira. de tempos a tempos tenho de procurar a incerteza, algo que destabilize. e depois, tudo voltara a entrar nos eixos, ou talvez fique à porta.

A roda gira

Meio salta pocinhas mudei novamente de cidade. Com a casa às costas mais valia arranjar uma combi... não deixo a bicicleta nem por nada, enquanto não inventarem outro meio de transporte onde o preço, a qualidade e a rapidez estejam em tão bom acordo.